sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Prefeitura de São Paulo quer 3.500 casas para liberar megatemplo


Veja como ficou o Templo de Salomão, em São Paulo70 fotos

56 / 70
31.jul.2014 - Vídeo sobre a história de Salomão é exibido nas paredes do templo durante cerimônia de inauguração. O Templo do Salomão pertence a Igreja Universal do Reino de Deus, e fica localizado na avenida Celso Garcia, na região do Brás, no centro de São Paulo (SP) Leia mais Leandro Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo
Um mês e meio após a festa de inauguração, a Prefeitura de São Paulo quer exigir da Igreja Universal a construção de 3.500 moradias populares para regularizar o Templo de Salomão, erguido no Brás, centro da cidade.
O maior espaço religioso do país, com 100 mil m² de área construída, teve as portas abertas com o respaldo de um alvará provisório emitido pela gestão de Fernando Haddad (PT) em 19 de julho - 13 dias antes da abertura.
A nova contrapartida foi sugerida pela Secretaria de Licenciamento em documento já enviado ao Ministério Público Estadual, que investiga a construção do templo desde fevereiro.
No inquérito instaurado pelo promotor de Justiça Maurício Antonio Ribeiro Lopes são apuradas algumas supostas irregularidades, como o fato de a Igreja ter sido construída com base em um alvará de reforma.
A exigência aventada pela prefeitura, no entanto, diz respeito a outra regra que teria sido burlada pela Universal. O zoneamento onde está o templo foi definido pelo Plano Diretor de 2004 como Zona Especial de Interesse Social (Zeis). Por isso, a área deveria ser reservada à construção de moradias populares, o que não ocorreu.
Com o templo erguido, os vereadores regularizaram o espaço durante a votação do novo Plano Diretor. Em 30 de junho deste ano, ficou definido que a área não mais seria classificada como Zeis, em uma tentativa de anistiar a Universal. Os parlamentares da base aliada do governo na época justificaram que não fazia mais sentido manter o zoneamento porque a obra já estava pronta.
A decisão ainda atendeu à pressão de um dos principais grupos do Legislativo Municipal: a bancada evangélica, hoje com dez representantes. São vereadores eleitos com o apoio de fiéis da Igreja Mundial, da Igreja da Graça, da Bola de Neve e da Assembleia de Deus, além da própria Universal.
Durante a negociação, todos os vereadores receberam convites para a inauguração, que ocorreu em 31 de julho com a presença da presidente Dilma Rousseff (PT).

Contrapartida

Acionada pela Promotoria de Habitação e Urbanismo, a prefeitura agora quer assegurar que o Templo de Salomão oferecerá as contrapartidas sociais que deveriam ter sido cobradas em agosto de 2008, quando a igreja protocolou o pedido oficial de construção.
Pelas regras do Plano Diretor em vigor durante toda a obra, a Igreja deveria construir conjuntos de habitação social para ao menos 400 famílias, se quisesse obter autorização para atuar em área de Zeis. A condição, no entanto, não foi cumprida e, mesmo sem erguer nem sequer uma moradia, a obra do Templo de Salomão foi autorizada em 22 de outubro de 2008. O Ministério Público Estadual investiga se houve irregularidade na emissão das licenças e na construção.
Ampliar

Conheça alguns dos maiores templos do mundo18 fotos

17 / 18
Conhecida no Brasil como Igreja do Evangelho Pleno, a Yoido Full Gospel pode receber até 15 mil pessoas em seu auditório Yoido Full Gospel Church/Divulgação

MP quer acordo

O promotor Maurício Ribeiro Lopes se reuniu na segunda-feira com representantes da Igreja Universal, na tentativa de assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O objetivo é restabelecer parte das contrapartidas não exigidas durante o processo de obra, além de amenizar os impactos no trânsito local. Procurado, Lopes não quis revelar o teor das propostas apresentadas à igreja. Já a Universal afirmou, por meio de nota oficial, que só vai se manifestar sobre a proposta apresentada pelo Ministério Público Estadual no momento oportuno. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
Templo de Salomão em números
  • 35 mil metros quadrados de terreno
    equivalente a 5 campos de futebol e a 1/4 do Parque da Independência (SP)
  •  
  • 100 mil metros quadrados de obra
    cerca de 1/4 do maior shopping do país e do tamanho aproximado do Maracanã
  •  
  • 11
    pavimentos
  •  
  • 4
    anos para concluir a construção
  •  
  • 2.000 toneladas
    de aço utilizadas na obra
  •  
  • 145 mil
    sacos de cimentos usados para a construção
  •  
  • 54 metros de altura
    maior do que o Cristo Redentor (RJ)
  •  
  • 40 mil metros quadrados
    de pedras usadas na construção e decoração vieram de Hebron, em Israel
  •  
  • 10 mil
    lâmpadas de LED no salão principal
  •  
  • 42
    altofalantes instalados no teto do salão principal
  •  
  • 12
    oliveiras importadas do Uruguai, para a reprodução do Monte das Oliveiras
  •  
  • 60
    apartamentos disponíveis para pastores;um deles para o bispo Edir Macedo
  •  
  • 2.000 vagas de estacionamento
    cerca de 1/3 das vagas do estacionamento de um grande shopping
  •  
  • 10 mil pessoas sentadas
    cerca de 1/5 da capacidade da Arena Corinthians na configuração após a Copa
  •  
  • R$ 680 milhões
    6 vezes o valor de um hospital e 378 vezes o valor de uma escola infantil
  •  
  •  
  • R$ 2, 4 millhões
    de impostos pagos para a importação de pedras, após isenção ser negada
  •  
  • R$ 0
    valor do IPTU/ano, que não será pago por tratar-se de instituição religiosa

Foi na Cruz – DigitalBomb

Tribunal Superior Eleitoral nega direito de resposta de Marina Silva contra ataques de Dilma Rousseff

Tribunal Superior Eleitoral nega direito de resposta de Marina Silva contra ataques de Dilma Rousseff
A candidata Marina Silva (PSB) vem sendo alvo de ataques da campanha petista na televisão, e teve seu pedido de resposta negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A ação da coligação Unidos Pelo Brasil solicitava um tempo no programa de TV da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) para rebater as afirmações feitas de que as propostas de Marina Silva sobre a autonomia do Banco Central (BC) são inviáveis.
O modelo de autonomia do Banco Central, um órgão do governo federal, é pregado por economistas como o ideal, para que a política de juros e câmbio seja usada de forma a equilibrar a economia. Atualmente, a administração do Banco Central é submissa ao governo de Dilma, que tem optado por subir as taxas de juros para controlar a inflação, ao invés de atacar o problema em sua raiz.
Marina assumiu o compromisso de dar autonomia ao BC, e foi atacada por Dilma, que afirmou que isso atenderia ao interesse dos banqueiros. A ação de Marina no TSE argumentava que a campanha petista distorceu a proposta.
“Não bastasse extrapolar a crítica política, tal abordagem distorce gravemente o que propõe o programa de governo de Marina Silva, segundo o qual a autonomia do Banco Central será estabelecida por lei aprovada pelo Congresso Nacional, que fixará mandatos para seus dirigentes e normas para a nomeação e destituição de sua diretoria”, disse o PSB em nota, criticando a postura do PT.
O ministro responsável por julgar o pedido de direito de resposta de Marina Silva, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, decidiu nesta quinta-feira, 11 de setembro, que o teor do material veiculado pela campanha de Dilma continha apenas “crítica política” às propostas de Marina.
Uma ação que pede o direito de resposta a respeito das críticas feitas por Dilma Rousseff às propostas de Marina Silva sobre o pré-sal ainda será julgada pelo mesmo ministro, que decidiu postergar sua decisão.

Dilma Rousseff promove “tuitaço” contra Silas Malafaia

Dilma Rousseff promove “tuitaço” contra Silas MalafaiaDilma e Malafaia fazem embate de "tuitaços"
Acostumado a usar as redes sociais para divulgar suas ideias e fazer críticas ao governo, o pastor Silas Malafaia, tentou promover um “tuitaço” hoje (12) ao meio-dia.
O líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, queria que seus seguidores no microblog e cristãos em geral se manifestassem contra o “ativismo gay”, defendido pela presidente Dilma Rousseff. Um dos argumentos principais são as iniciativas que desejam substituir nas escolas as comemorações do “dia das mães” e “dia dos pais”, por um “dia da família” genérico.
Prevendo que teriam problemas, a militância petista convocou o que chamou de “contra-tuitaço” e lançou a hashtag #MenosOdioMalafaia. Como Malafaia não usou uma hashtag, tática comum para destacar algum assunto nas redes sociais, acabou perdendo espaço.
menosodiomalafaia Dilma Rousseff promove tuitaço contra Silas Malafaia
A hashtag petista acabou ficando em primeiro nos “assuntos do dia”, sendo uma das mais utilizadas no país durante boa parte da tarde. Com quase 800 mil seguidores, Malafaia tentou então revidar usando a hashtag #roubalheiraePTtudoaver, mas não teve tanto sucesso.

Deputados evangélicos são citados em esquema que envolveu mais de 1 milhão

Deputados evangélicos são citados em esquema que envolveu mais de 1 milhãoSilas Câmara: “A escolha das empresas prestadoras de serviço é técnica”
Nove parlamentares da Bancada Evangélica foram citados emreportagem do Correio Braziliense como participantes de um esquema de uso ilegal dos recursos da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), a verba indenizatória da Câmara Federal.
O Correio Braziliense denunciou o chamado “Escândalo do Cotão”: empresas de uma ex-assessora do deputado federal e pastor Silas Câmara foram utilizadas em um suposto esquema com participação de 15 parlamentares, dentre os quais nove são evangélicos.
Uma lista de supostos envolvidos foi divulgada. Entre os deputados evangélicos, constam os nomes de Marcelo Aguiar (DEM-SP), João Campos (PSDB-GO), Roberto de Lucena (PV-SP), Silas Câmara (PSD-AM), Antônia Lúcia (PSC-AC), Liliam Sá (PROS-RJ), Hidekazu Takayama (PSC-PR), Erivelton Santana (PSC-BA) e Zequinha Marinho (PSC-PA).
Em Brasília é bastante comum a expressão “lavanderia” para se caracterizar o uso de empresas de fachada montadas para esconder a origem ilícita de recursos financeiros.  As empresas Cracia Assessoria e Direct Voice Marketing, segundo o jornal, serviriam a tal propósito.
As duas empresas pertencem a ex-assessores do deputado e pastor Silas Câmara. A Cracia Assessoria faturou em 2013 cerca de R$ 643 mil, tendo como atividade principal a locação de veículos a parlamentares. Já a Direct Voice Marketing, que atua com “serviços de divulgação”, recebeu aproximadamente R$ 581 mil.
O que chama atenção é que Cracia, que recebe mais de meio milhão pelo serviço de locação de veículos, possui apenas dois carros registrados junto ao Detran-DF.
Ambas as empresas estão sediadas em uma pequena sala comercial alugada no Setor Bancário Sul, em Brasília, e não dispõem de pátio ou garagem para guardar os veículos.
A Direct Voice, fundada em 2006, pertence a Tatiana Arcanjo Nascimento e Emilia Arcanjo Nascimento. Emilia tem uma longa relação com Silas Câmara: ingressou na Casa em 2005, como assessora do ex-deputado e pastor Pedro Ribeiro (PR-CE). Depois, atuou no gabinete do também pastor Silas Câmara, de onde foi exonerada em maio de 2010.
Silas foi o segundo parlamentar que mais contratou serviços do grupo Cracia em 2013, no valor de R$ 204 mil. Juntas, a Cracia Assessoria e a Direct Voice Marketing faturaram, em 2013, cerca de R$ 1,224 milhão.
O deputado disse não ter nenhuma relação com o modo de atuação dos ex-assessores Jo Carneiro da Rocha Menezes e Emilia Arcanjo Nascimento e lembra que durante os 16 anos de mandatos já teve entre 15 e 20 servidores no gabinete.
Confira quanto cada deputado gastou em 2013 com as empresas suspeitas:
Silas Câmara (PSD-AM) R$ 204.069,08
Takayama (PSC-PR) R$ 100.889,68
Antônia Lúcia (PSC-AC) R$ 90.141,50
Roberto de Lucena (PV-SP) R$ 47.300,00
Marcelo Aguiar (DEM-SP) R$ 12.600,00
João Campos (PSDB-GO) R$ 43.200,00
Erivelton Santana (PSC-BA) R$ 87.942,90
Zequinha Marinho (PSC-PA) R$ 71.940,43
Alice Portugal (PCdoB-BA) R$ 26.700,00
Henrique Oliveira (SDD-AM) R$ 9.850,00
Liliam Sá (Pros-RJ) R$ 4.450,00
Lourival Mendes (PTdoB-MA) R$ 1.500,00
Simplício Araújo (SDD-MA) R$ 1 080,00
Raul Lima (PP-RR) R$ 336.782,98
Edson Santos (PT-RJ) R$ 165.891,70
Total R$ 1.224.338,64