sexta-feira, 23 de novembro de 2012

IV ENCONTRO COM DEUS - NOVA CANAÃ


A Igreja Batista Nova Canaã estará realizando nos dias 23, 24 e 25 de Novembro a IV edição do Encontro com Deus. Nessa oportunidade 21 pessoas estarão recebendo a visita íntima do Espirito Santo em suas vidas durante esses 3 dias de Concentração Espiritual.
Convidamos a todos os leitores do Blog para o Culto de Recepção que acontecerá dia 25 (Domingo) as 17H:30Min. no Templo da Igreja Nova Canaã... Em breve postaremos fotos do Evento. PAZ.

Evangélica mantém corpo do marido falecido congelado durante três anos por aguardar a ressurreição

Evangélica mantém corpo do marido falecido congelado durante três anos por aguardar a ressurreição

Uma mulher russa evangélica pentecostal manteve o corpo do marido falecido congelado por três anos em seu apartamento, acreditando em sua ressurreição.
As autoridades russas da região de Yaroslavi informaram que o caso só foi descoberto após dois dos filhos do casal decidirem que era melhor se desfazer do corpo.
O corpo do falecido foi encontrado em julho deste ano, no lixo, embalado num saco plástico. O descarte do corpo foi realizado após a família mudar de apartamento, segundo informações do site do jornal Mail Online.
As informações dão conta ainda que a mulher sofre de problemas psiquiátricos, e ficou muito abalada com a morte do esposo em 2009, por causas naturais.
As investigações descobriram que a evangélica pedia aos cinco filhos que conversassem e alimentassem o corpo, pois ela cria que seu esposo estava destinado à ressurreição.

Jim Caviezel, ator que interpretou Jesus no filme “A Paixão de Cristo”, afirma que o papel arruinou sua carreira, mas pontua: “Não me arrependo” - ASSISTA AO FILME

Jim Caviezel, ator que interpretou Jesus no filme “A Paixão de Cristo”, afirma que o papel arruinou sua carreira, mas pontua: “Não me arrependo”
 
O ator Jim Caviezel, intérprete do papel de Jesus no filme “A Paixão de Cristo”, dirigido por Mel Gibson em 2004, declarou recentemente que sua participação nessa produção arruinou sua carreira como ator.
Caviezel, 42 anos, declarou durante entrevista ao jornal Daily Mail que não se arrepende da escolha feita, e que faria tudo novamente.
- Fazer esse papel com Mel destruiu a minha carreira, mas eu não me arrependo em nada por ter aceito. Ao contrário, aquela oportunidade fortaleceu a minha fé – revelou o ator.
Segundo o ator, que participou de apenas oito produções desde 2004, sua participação no filme motivou retaliações de outros produtores em Hollywood, e de apontado como promessa de grande ator, passou a rejeitado: “Gibson tinha me avisado que seria difícil. Ainda durante as filmagens, fui atingido por um raio e desloquei um ombro em uma cena da crucificação. Mas o pior ainda estava por vir”, relatou. “Cada vez mais pessoas em Hollywood fecharam as portas na minha cara, deixando-me do lado de fora. Assim, lentamente, me vi às margens do cinema. Eu estava consciente do fato de que minha participação poderia acarretar e não me arrependo da escolha que fiz. Como católico e como ator”, pontuou.
Segundo o ator, a culpa dessas consequências recai sobre as polêmicas em que o diretor Mel Gibson, considerado antissemita, se envolve: “Muitos meios de comunicação me atacaram por ter participado do filme, e a poderosa Jewish Anti-Defamation League me rotulou de antissemita por ter aceitado o papel. Gibson também tinha me avisado disso…”, disse o ator, que garante ter tomado a decisão de participar do “A Paixão de Cristo” consciente dos riscos.
Jim Caviezel afirmou ainda que considera Gibson “um pecador, mas justamente por isso precisa das nossas orações mais do que dos nossos julgamentos”.
 

Entenda o conflito entre Israel e Palestinos e sua importância para os cristãos do ponto de vista teológico

Entenda o conflito entre Israel e Palestinos e sua importância para os cristãos do ponto de vista teológico

A atual crise na Faixa de Gaza, entre o grupo Hamas e o governo de Israel está sob uma trégua, acertada em acordo feito por ambas as partes na noite de quarta-feira, 21/11. O acordo, mediado pelo governo dos Estados Unidos, encerrou uma sequência de oito dias de ataques de ambos os lados.
O recente conflito se iniciou após uma ação do exército israelense próximo aos territórios palestinos na região, e despertou especulações por parte de lideranças evangélicas e teólogos a respeito de um significado maior em termos de profecias bíblicas.
 
Segundo Milhoranza, “o conflito árabe-israelense reacende a antiga visão de Israel, como povo escolhido de Deus, na consumação final do Reino de Deus na terra. Esta é uma visão herdada equivocadamente do Antigo Testamento”, introduz o teólogo, que explica seu conceito: “Digo equivocadamente pois no Antigo Testamento não há o conceito do estabelecimento do Reino de Deus, pois este está sempre presente (Sl. 103:19; Sl. 145:11-13). No Antigo Testamento, Deus é o soberano da criação com domínio irrestrito sobre tudo e sobre todos, de acordo com a visão hebraica”.
 
Com o Novo Testamento, inicia-se uma nova fase, que embora não seja alvo de muitas discordâncias na análise teológica, representa aspectos importantes para a compreensão a partir do ponto de vista bíblico: “No Novo Testamento vemos João Batista anunciando a vinda iminente do Reino de Deus. Este inclusive foi o tema central da pregação de Jesus, que o anunciava como uma realidade presente e manifestada em sua própria pessoa e nos milagres realizados por ele. Estes podem ser considerados aspectos já presentes na realidade do Reino de Deus e, até aqui, não há tantas controvérsias sobre este assunto. Este é o chamado “já” na teologia sobre o Reino de Deus”, explica Alexandre Milhoranza.
As controvérsias surgem com a interpretação apenas em sentido literal das profecias: “O problema surge quando consideramos os aspectos futuros do estabelecimento do Reino de Deus, o famoso “ainda não”. Neste ponto muitos se dividem entre associar, ou não, a Igreja com Israel e suas promessas. O grande problema de algumas linhas teológicas é interpretar as profecias, especialmente as de Apocalipse, num sentido estritamente literal. Neste ponto há uma distinção radical entre Israel e a Igreja, forçando o cumprimento literal de todas as profecias do Antigo Testamento sobre Israel”, diz o teólogo, dando dimensão da complexidade do assunto.
Para Milhoranza, essa linha de pensamento é falha e mantém seus adeptos reféns de cálculos que geram especulações sobre os sinais dos tempos e consequentemente, a respeito da volta de Cristo: “É aqui, que esta linha de interpretação ao meu ver falha, pois nem os apóstolos interpretaram as profecias do Antigo Testamento literalmente. Os teólogos que são adeptos dessa teoria ficam escravos dos cálculos históricos e qualquer acontecimento político no Oriente Médio torna-se motivo para mais especulações escatológicas. Não creio que deva ser este a razão de ser da Igreja, mas fazer como o próprio Jesus afirmou: ‘O reino de Deus é chegado a vós’”.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Chimbinha garante que Joelma não posaria nua por ser evangélica


Nesta semana a imprensa brasileira divulgou que a cantora Joelma teria recebido convites para posar nua para uma revista masculina. Mas nesta segunda-feira (19) ao comentar os boatos, Chimbinha, esposo da cantora, negou e afirmou que mesmo se fosse verdade ela não aceitaria o convite por ser evangélica.
O músico da banca Calypso foi procurado pelo EGO para falar sobre o caso e deixou claro que esta informação é apenas mais uma invenção que fazem com o nome de sua esposa.
“Isso é mentira, assim como inventam toda semana que a gente está se separando. As pessoas não perdem tempo fazendo o convite porque sabem que ela é evangélica e não aceitaria posar nua”, disse.
Joelma é evangélica da Assembleia de Deus e já falou em entrevistas que lê a Bíblia com frequência e que orações fazem parte de sua vida diária.
Ao lado de seu esposo ela comanda uma das bandas de maiores sucessos do país contagiando multidões com o estilo brega pop que mescla outros gêneros musicais.

Nome da operação de Israel anti-Hamas tem significado bíblico

Nome da operação de Israel anti-Hamas tem significado bíblico

O nome da campanha de Israel contra o Hamas divulgado para a imprensa, em inglês, é “Operação Pilar da Defesa”. Mas a leitura do nome da ação em hebraico poderia provocar surpresa ao se constatar que é “Operação Pilar de Cloud”
Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel explicou que a maioria dos israelenses reconheceria o termo “coluna de nuvem”, sendo essa uma referência bíblica.
“Nos baseamos na coluna de nuvem que acompanhou a nação de Israel durante o Êxodo, enquanto eles saiam o Egito e viajavam para a terra prometida”, disse Eytan Buchman, chefe de mídia das Forças Armadas de Israel. “Eles queriam ter proteção contra os problemas do deserto, ladrões, povos inimigos, cobras e escorpiões.”
Buchman disse que o nome da operação anti-Hamas comunica a mensagem de que se trata de uma manobra defensiva.
“Estamos chegando a uma década de foguetes sendo disparados indiscriminadamente contra civis”, explica Buchman, referindo-se às ações do Hamas no sul de Israel. A atual operação militar do Estado judaico, ressalta, “é como uma nuvem proverbial que está chegando para proteger.”
A primeira referência bíblica a uma coluna de nuvem está em Êxodo 14:19-20, que descreve a fuga dos israelitas da escravidão, culminando com a divisão do Mar Vermelho feita por Moisés.
De acordo com o rabino Shmuel Herzfeld, que lidera a Sinagoga Nacional, em Washington, a ideia da coluna de nuvem refere-se à proteção física e espiritual: “A mensagem espiritual aqui é sobre a oração a Deus pedindo proteção”, disse Herzfeld. ”Em Êxodo, a coluna de nuvem é a proteção espiritual dos israelenses”.
A coluna também aparece no livro de Salmos, em um versículo que lembra que Deus falou com os líderes hebreus como Moisés, Arão e Samuel “na coluna de nuvem”.
Mesmo com muitas críticas pela opção de associar um ataque militar a uma manifestação divina, Buchman disse que ele o exército de Israel simplesmente queria enfatizar a “natureza defensiva da operação”. Ele lembrou ainda que operações anteriores de Israel já usaram referências bíblicas.
Em 2002, disse ele, as forças de defesa usaram o nome “Operação Arca de Noé” na apreensão de um navio palestino carregado com foguetes, mísseis e explosivos. Em 2008, a operação em Gaza foi chamada de “Chumbo Fundido”. Ela começou durante o feriado judaico do Chanuká e faz referência a uma canção religiosa popular neste período do ano. Traduzido de CNN.

Cristãos e muçulmanos se unem para banir o casamento gay na Libéria

Cristãos e muçulmanos se unem para banir o casamento gay na Libéria

Centenas representantes cristãos e muçulmanos, além de organizações da sociedade civil, se reuniram no sábado (10) em Monróvia, na Libéria, para lançar uma campanha para pressionar o governo a proibir o casamento gay.
A campanha lançada pelos religiosos busca reunir 1 milhão de assinaturas para apoiar uma resolução que proíbe atividades de gays e lésbicas no país. De acordo com Jim Tornonlah, líder da campanha, mais de 25 mil assinaturas já foram coletadas até agora.
O Senado da Libéria aprovou recentemente um projeto de lei para fortalecer a legislação contra a homossexualidade, que precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados antes de ser enviada para que seja assinada pela a presidente Ellen Johnson-Sirleaf, que no início deste ano manifestou a sua oposição ao casamento homossexual, dizendo que se eles promoveram um projeto de lei para aprová-lo, ela não iria assinar.
Diante das declarações da presidente, o Departamento de Estado afirmou ser uma ofensa sua postura sobre os direitos de gays. Essa manifestação a fez suavizar seu discurso dizendo que seu governo “garante as liberdades civis do povo”.
Segundo informações do Noticia Cristiana, na manifestação de sábado contra o casamento gay, o representante do Conselho de Igrejas da Libéria, Rodolfo Marsh, criticou a influência de potências estrangeiras no país.
- Há coisas boas na América que podemos copiar, você não precisa copiar o ruim. Vamos deixar os males para os americanos – declarou.
Marsh chamou ainda os cristãos e muçulmanos da Libéria para se unirem “e dizer ao mundo que a Libéria é um lugar para as pessoas civilizadas e não permite o casamento gay”.
Líder muçulmano Sheikh, Omaru Kamara, em nome de sua fé no ato, elogiou a unidade de propósito entre os cristãos e os muçulmanos, que eram contra a homossexualidade.

Atores de peça com “Jesus gay” são processados por blasfêmia na Grécia

Atores de peça com “Jesus gay” são processados por blasfêmia na Grécia

Os atores o produtor e o diretor de uma peça de teatro norte-americana montada na Grécia que retrata Jesus Cristo e seus apóstolos como homossexuais estão sendo processados por blasfêmia, segundo informaram as autoridades judiciárias locais no final da última semana.
A peça, intitulada “Corpus Christi”, foi encenada em Atenas por uma companhia dirigida pelo diretor greco-albanês Laertis Vasiliou durante três semanas, e foi denunciada ao judiciário do país pelo bispo Seraphim de Piraeus. As acusações coram de “insultar a religião” e de “blasfêmia maliciosa”.
A Grécia é um Estado confessional no qual a Igreja Ortodoxa tem um papel preeminente segundo a Constituição e o Código Penal grego castiga com até dois anos de prisão “qualquer ofensa mal-intencionada a Deus” e “qualquer ofensa à Igreja Ortodoxa de Cristo ou outra religião tolerada” no país.
A produção foi cancelada após semanas de protestos quase diários na frente do teatro feitos por padres e grupos de direita, incluindo deputados do partido ultranacionalista Golden Dawn. Se condenados, os envolvidos na produção da peça podem pegar até dois anos de prisão.
Segundo a agência Reuters o diretor da peça afirmou estar impressionado com o fato de que os promotores “escolheram persegui-lo em vez de ir atrás dos sonegadores de impostos e outros acusados por levar a Grécia à beira da falência”.
- O que eu vejo é que há pessoas que roubaram os cegos do país que não estão na cadeia e o promotor volta-se contra a arte – disse Laertis Vasiliou.
A data do julgamento ainda não foi definida.

Procurador que pediu a retirada da frase “Deus seja louvado” das notas de Real afirma estar sofrendo ameaças de morte

Procurador que pediu a retirada da frase “Deus seja louvado” das notas de Real afirma estar sofrendo ameaças de morte

O Procurador da República Jefferson Aparecido Dias ficou se tornou destaque na mídia nacional e internacional nas últimas semanas depois de mover uma ação contra o Banco Central exigindo a retirada da expressão “Deus seja louvado” das cédulas de Real. Autor também de outras ações polêmicas, Dias conta que sofreu ameaças de morte “em nome de Deus” por causa da ação contra o BC.
Jefferson Aparecido Dias é autor também de uma ação ajuizada em 2009 que pedia a retirada de símbolos religiosos que estivessem expostos em repartições públicas federais. Segundo ele, apesar de ter uma população majoritariamente cristã, o Brasil é um País laico e, por isso, não poderia haver vinculação entre o poder público e qualquer igreja ou crença religiosa.
Em entrevista ao Terra, o Procurador, que afirma ser católico, contou sobre como surgiu a ação, e revelou também ter recebidos e mails com ameaças de morte.
- Eu estou sendo ameaçado por causa dessa ação, por cristãos. Recebi alguns e-mails com ameaças, em nome de Deus. – revelou.
 
Leia a entrevista na íntegra:
Como surgiu essa ação?
Uma pessoa ateia entrou com uma representação na PRDC questionando a existência do “Deus seja louvado”. Na procuradoria, as queixas são distribuídas e, dependendo da temática, vai para a PRDC. Toda essa temática de liberdade religiosa vai para a PRDC e aí eu passo a investigar. A reclamação era só no aspecto de laicidade do Estado, um estado laico. E aí nós constatamos também que não tem uma lei autorizando, que era um pedido pessoal do ex-presidente da República num primeiro caso e, depois, um pedido pessoal do ministro da Fazenda. Então aí a ação é proposta sob dois aspectos: violação da legalidade e violação do princípio da laicidade do Estado.
 
A pessoa que entrou com a representação se sentia incomodada com a expressão?
Ela relata que se sentia afetada na sua liberdade religiosa pelo fato dela não crer em Deus e ter que conviver com a manifestação estatal de predileção por uma religião. Se chegar uma representação pra mim, independente de qual for a temática, eu sou obrigado a investigá-la. É uma obrigação legal minha.
 
A substituição das cédulas vai gerar despesas ao Banco Central?
Não vai gerar nenhum gasto. As cédulas vão se danificando e vão sendo substituídas gradativamente. Ela tem um tempo de vida útil e aí ela acaba se deteriorando e sendo substituída. Na ação nós pedimos que, nessa substituição de cédulas, elas sejam trocadas sem a expressão. Nem que demore 10, 15 ou 20 anos. Mas acredito que demore menos.
 
Um ateu entrou com a representação por se sentir ofendido, mas fato de retirar a expressão “Deus seja louvado” das cédulas não vai ofender uma população 64% católica, além das demais religiões cristãs?
O Estado não pode manifestar predileção religiosa. O Brasil optou em 1890 por ser um estado laico. O mais grave que um eventual sentimento dos católicos, é o fato de ser ilegal. Por exemplo, eu não gosto de pagar impostos, então não quero pagar impostos, mas é ilegal. Mesmo sendo católico, eu ouso discordar um pouco. Porque, se você for estudar a Bíblia, Jesus nunca teve uma posição materialista. Jesus disse que, quando lhe é perguntado se ele deveria dar dinheiro, pagar imposto a César, ele fala “A César o que é de César, a Cristo o que é de Cristo”. Quando ele encontra vendedores no templo, ele os expulsa de lá dizendo que “A casa do Senhor não é casa de comércio”. Perguntado sobre o rico, ele fala que “seria mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha do que um rico entrar no reino dos céus”. Então, em nenhum momento Jesus deu a atender, para quem é cristão, que o dinheiro deveria trazer o nome dele ou o nome de Deus. Acho que é uma inversão de valores.
 
Com tantas injustiças e violência, essa não seria uma forma de ressaltar certa religiosidade, pregar o cristianismo?
Mas essa é uma injustiça e uma violência. Eu estou sendo ameaçado por causa dessa ação, por cristãos. Recebi alguns emails com ameaças, em nome de Deus.
 
Ameaças em que sentido?
De que vão me matar. A religião é usada para violação de direitos humanos também. Acho um pouco de hipocrisia do religioso que usa um discurso, mas não usa uma prática condizente. Eu tenho uma religiosidade, a minha, mas acho que o Estado não pode ter religiosidade. Cada cidadão tem direito de optar pela sua.
 
O senhor já foi abordado na rua, questionado sobre essa a ação?
Na sexta-feira, em um jantar, fui bastante abordado. Mas para ser elogiado pela iniciativa. As pessoas me questionam mais pelo Twitter.
 
O senhor responde aos comentários?
Em alguns casos eu respondo. Só não quando a pessoa falta com a educação porque a abordagem está sendo agressiva, desrespeitosa.
 
O senhor poderia divulgar o seu endereço no Twitter?
Claro, é @jeffdiasmpf.
 
Qual a posição do senhor com relação à crítica do ex-presidente e presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) que disse “eu acho que isso é uma falta do que fazer”?
Eu acho que as pessoas não se dão ao trabalho de pesquisar sobre o trabalho da PRDC. Só nos últimos seis meses, por exemplo, nós fizemos um acordo com o INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social) em uma ação nossa, que é o maior acordo da história do instituto. Em torno de 3 milhões de pessoas serão beneficiadas e R$ 15 bilhões. Nós conseguimos obrigar o governo federal a fornecer remédios para o AVC (acidente vascular cerebral), em abril desse ano. Temos uma ação contra a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para que ela obrigue as empresas aéreas a transportar cadeiras de rodas sem custo, porque ela cobra. Na página da Procuradoria nós temos relatórios semestrais. Há uma PRDC por Estado e nós somos a que mais tem demanda, a que mais tem ações, a que mais produz. Então eu estou um pouco acostumado. Se eu entro com uma ação defendendo portadores de necessidades especiais, falam que eu não tenho o que fazer. Se eu entro com uma ação defendendo homossexuais, falam que eu não tenho o que fazer. Então, isso é desculpa de quem se sente incomodado com alguma das nossas medidas. Sempre as pessoas acham que o outro problema é mais importante.
 
O senhor foi procurado por algum representante do Banco Central, do governo federal ou até mesmo por algum religioso para que a ação fosse retirada?
Até o momento não.
 
Na moeda americana, o dólar, também há a expressão religiosa “In God we trust” (Nós confiamos em Deus) e também uma em latim “annuit coeptis” (Deus ajudou na nossa empreitada). O senhor é contra essas manifestações?
A história do dólar é um pouco diferente. Essas expressões foram colocadas no dólar em 1.776 pelos maçons porque eles ajudaram na independência do País. Existe toda uma história. Mas no Brasil foi mandado colocar pelo ex-presidente José Sarney em 1986. Não tem história nenhuma. E da forma como está hoje, um presidente poderia mandar colocar “Vai Corinthians”, por exemplo. E se a maioria entender que é para colocar essa expressão? Aí o restante vai ter que aceitar? Pelo discurso do Banco Central, poderia colocar isso.
 
Então se quisermos escrever alguma outra expressão nas cédulas, como “Pague seus impostos em dia”, por exemplo, poderia?
Pela tese do Banco Central, sim. Segundo o governo federal, pode ser colocada a mensagem que quiser. E é contra isso que eu estou lutando.
 
Por se tratar de uma ação demorada, sua saída da PRDC (no início de 2013 devido ao término do mandato) enfraqueceria esse pedido?
Em tese não. Mas pode ser que haja alguma decisão e ninguém recorra. Não tem como prever o que vai acontecer. Principalmente porque, em tese, é uma ação que pode ser levada até o Supremo Tribunal Federal. E as decisões do Supremo são bem interessantes. O ministro Marco Aurélio Mello quando foi julgar o caso do aborto de anencéfalos, no voto dele, ele fala muito sobre as cédulas. Ele já fala que ele acha que deveria ser retirada a expressão. Tanto que a ação foi baseada muito no voto dele também. Inclusive, ele conseguiu dados que o Banco Central se recusava a me informar. Porque o BC foi muito reticente em me dar informações sobre por que havia sido incluído, quem mandou, e quem conseguiu foi ele.
 
O Banco Central dificultou de alguma forma?
O Banco Central dificultou sim a obtenção de informações, acho que, já desconfiado de que ia ter alguma medida judicial. Num primeiro momento ele respondeu única e exclusivamente que a expressão foi incluída porque estava no preâmbulo da constituição, só. Aí depois que o ministro Marco Aurélio descobriu tudo e colocou no voto dele, aí sim o Banco Central começou a reconhecer que não era bem assim, que existiam pedidos pessoais.
 
Mas a expressão usada no preâmbulo da Constituição não é feita em nome de Deus?
Sim, é outra. Inclusive o Supremo já decidiu que a palavra Deus no preâmbulo não tem força normativa, não gera efeitos jurídicos. Pessoalmente, acho que estamos abstraindo um problema de sentimentos pessoais. Acho que é inevitável. O Brasil, mais cedo ou mais tarde, vai ter que fazer essa separação efetiva entre Estado e governo. O interessante é que a própria Igreja Católica tem documentos dirigidos aos países muçulmanos. Quando diz respeito a países muçulmanos, a Igreja Católica defende a separação de Estado da igreja. Mas quando é do lado dela, ela defende outra coisa.
 
Essas expressões não são utilizadas apenas pela Igreja Católica, mas por outras igrejas cristãs também.
Mas tudo indica que foi incluída pela Igreja Católica. Além de ser uma expressão que não vai incorporar os politeístas e os ateus. Vamos supor que o próximo presidente da República seja ateu e ele queria escrever “Deus não existe”. Pela regra que eles falam, poderia.
 
Como senhor avalia as decisões tomadas pelo Supremo, já que o citou, diante de temas polêmicos como o aborto de anencéfalos, o uso de células tronco e a união homoafetiva?
O Supremo está decidindo juridicamente e não de acordo com religião. Acho isso importante. São decisões acertadas que debatem a partir de preceitos legais, funcionais, e acho que é o caminho. Esses são os grandes temas discutidos hoje em que os argumentos não são jurídicos, são religiosos. Esse desejo da Igreja Católica de continuar pautando decisões a partir de visões religiosas e não legais, acho que não tem mais espaço. Superamos essa fase. Muitas pessoas vão ficar incomodadas, mas acho que é um preço muito pequeno a se pagar pela democracia.