quinta-feira, 28 de junho de 2012

PARA REFLETIR - PAQUITA DA XUXA (TESTEMUNHO/CARTA DE DESPEDIDA)


Meu nome é Patrícia, e encontro-me no momento quase sem forças, mas pedi para a enfermeira Dane minha amiga escrever esta carta que será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais:

Eu era uma jovem 'sarada', criada em uma excelente família de classe média alta Florianópolis. Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal e procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem e melhor, inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.

Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo.

Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio de 'Floripa', Coração de Jesus. Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés.

Nos finais de semana freqüentava shopping, praias, cinema, curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas saradas, física e mentalmente.

Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 2004. Fui com uma turma de amigos para a OKTOBERFEST em Blumenau. Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego. Em Blumenau, achei tudo legal, fizemos um esquenta no 'Bude', famoso barzinho na Rua XV.

À noite fomos ao 'PROEB' e no 'Pavilhão Galego' tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco. Aquela movimentação de gente era "trimaneira''.

Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada. Na quinta feira, primeiro dia e OKTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP.

Que sensação legal curti a noite inteira 'doidona', beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os 'meganha', porque menor não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os otários' não percebiam.

Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros.. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar. Quando fui ao apartamento quase 'vomitei as tripas', mas o meu grito de liberdade estava dado. No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal estar daqueles como tensão pré-menstrual. No sábado conhecemos uma galera de S. Paulo, que alugaram um ap' no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino. Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5:30 h da manhã fomos ao 'ap' dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado 'Cigarro de Maconha', que me ofereceram.

No começo resisti, mas chamaram a gente de 'Catarina careta', mexeram com nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei novamente.
O garoto mais velho da turma o 'Marcos', fazia carreirinho e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me,mas não tive coragem naquele dia.
Retornamos a 'Floripa' mas percebi que alguma coisa tinha mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu novamente deparar-me com meu assassino 'DRUGS'.
Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber, eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano.

Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria.

Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não compartilhávamos a seringa e sim, o sangue que cada um cedia para diluir o pó.

No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a 'branca' a R$ 10,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 20,00 a boa, e eu precisava no minimo 5 doses diárias.

Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus 'novos amigos'. Às vezes a gente conseguia o 'extasy', dançávamos nos 'Points' a noite inteira e depois... farra!

O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida...

Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas... Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir grana fazia programas com uns velhos que pagavam bem.
Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro. Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando. Fui internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação.
Meus pais, sempre com muito amor, gastavam fortunas para tentar reverter o quadro.
Quando eu saía da Clínica agüentava alguns dias, mas logo estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família.

Em dezembro de 2007 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de relações sexuais muitas vezes sem camisinha.

Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha.

Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo.

Meu pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los.

Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo. Estou internada, com 24 kg, horrível, não quero receber visitas porque não podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca...
Você com certeza vai se arrepender assim como eu, mas percebo que é tarde demais pra mim.

OBS.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e a enfermeira Danelise, que cuidava de Patrícia, veio a comunicar que Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde depois que escreveram essa carta, de parada cardíaca respiratória em conseqüência da AIDS.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Pastores comentam sobre o consumo de bebidas alcoólicas por cristãos


O consumo de bebidas alcoólicas por cristãos é um assunto que divide opiniões. Enquanto algumas igrejas permitem o consumo moderado, outras condenam completamente. Mas afinal, a Bíblia proíbe ou não o consumo de bebidas alcoólicas?
Há quem defenda que na Bíblia há apenas a condenação para a embriaguês, como diz o bispo Josep Rossello Ferrer, moderador da Igreja Anglicana Reformada no Brasil. “Não se pode afirmar que a Bíblia condena a bebida. Encontramos nas Escrituras avisos claros contra o estado de embriaguez, que leva à perda do controle dos sentidos, mas não vemos nenhuma restrição ao consumo moderado”.
Ferrer é espanhol e conhece o hábito dos europeus de beberem vinho e cerveja, até mesmo os cristãos protestantes consomem essas bebidas e por isso ele acredita que o costume está ligado à cultura, cultura esta que foi trazida ao Brasil por diferentes missionários.
O pastor Hernandes Dias Lopes também falou sobre o tema em reportagem exclusiva da revista Cristianismo Hoje dizendo que o assunto é delicado, mas que os líderes devem tratá-lo biblicamente, sem se basearem na questão do “pode ou não pode”.
“Este é um caminho que pode construir uma ética farisaica e uma espiritualidade rasa”, disse Lopes que também mostra preocupação diante da violência gerada por pessoas alcoolizadas e pelo crescente consumo entre os jovens.
“Dessa maneira, não se pode fechar os olhos para a realidade de tantas tragédias pessoais decorrentes da bebida e das perspectivas da juventude brasileira, que está sendo consumida pelo álcool”. A dica do pastor presbiteriano é simples: se beber pouco é motivo de escândalo, então se abstenha de beber.
Já para o pastor episcopal Carlos Moreira dizer que o álcool é ruim é “atribuir mal a Deus, que o fez”. Por ser Deus o criador de todas as coisas, Moreira não concorda com a proibição do consumo. “Deus é santo, e em Salmos 104.15 aprendemos que ele fez o vinho, que alegra o coração do homem, assim como o azeite que faz reluzir o seu rosto e o pão, que lhe fortalece”.
Moreira mora em Recife e conta que uma vez foi visto por um membro de sua igreja bebendo cerveja em um restaurante. “Com tom condenatório, aquela pessoa perguntou-me como eu podia estar bebendo”. A resposta, simples e até bem humorada – ‘Minha irmã, não quero e nem posso ser melhor do que Jesus’”.
Contudo ele é a favor da moderação e reconhece que o alcoolismo é um problema grave, afirmando que nenhum cristão deve oferecer motivo de tropeço a um irmão sob o jugo desta doença. Mas o pastor Carlos Moreira também não concorda em ter que eliminar uma coisa só porque há quem abuse da liberdade em usá-la.
“Ora, os homens são levados ao erro por conta de mulheres e bebidas. Deveríamos nós abolir as mulheres?”, diz ele.

Igreja que promove treino de MMA dentro do templo é destaque em programa da Globo


A popularidade do MMA está alcançando lugares nunca imaginados, como por exemplo, os templos evangélicos. O ministério “Verbo da Vida” da zona oeste do Rio de Janeiro agora oferece treino para os jovens.
A proposta partiu do professor Jorge Turco que conseguiu convencer o pastor Edmilson que até então era relutante quanto a prática desse esporte de luta dentro da igreja.
“Como o crescimento da luta está assustador e o evangelho também, a junção dos dois serve para trazer esses jovens que estão perdidos aí sem saber o que fazer. Na luta, a gente canaliza e direciona eles para um caminho de sucesso”, disse Turco.
O pastor que era relutante acabou se empolgando com a ideia e logo nos primeiros treinos percebeu que o projeto seria bom para os fiéis da igreja. Hoje cerca de 50 pessoas entre jovens e adultos participam dos treinos.
Depois de acompanhar os resultados de perto, o pastor confessa que mudou sua visão sobre o MMA. “Sinceramente, é claro que eu mesmo já tive uma visão um tanto quanto equivocada. Embora haja ainda um preconceito dentro do meio evangélico, a nossa proposta é exatamente desmistificar isso. O evangelho não é religião, o evangelho são princípios e através do esporte a gente pode na cabeça do jovem esses princípios de vida”, disse ele.
Mas o esporte não ajuda apenas na parte física, mas também emocional, como atesta Anderson Gomes, pai de dois jovens que praticam o MMA dentro da igreja. Ele diz que o rendimento escolar dos meninos melhorou e que o convívio familiar também apresentou melhoras. “A maneira de falar com os pais e a obediência melhoraram bastante. Até o resultado das notas melhoraram também”, contou ele ao site do SporTV.