quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Pastores do Acre são advertidos sobre realização de propaganda eleitoral

Após tomar conhecimento da realização de propaganda eleitoral em templos religiosos na cidade de Rio Branco, o Ministério Público Eleitoral (MPE) expediu recomendação a todos os dirigentes de entidades religiosas da capital, advertindo-os para que não realizem nem permitam a realização de propaganda eleitoral nos templos.
Os dirigentes também não devem permitir a utilização de recursos dos templos em benefício de qualquer candidato ou partido político.
Caso os dirigentes não cumpram o que prevê a recomendação, medidas no exercício do poder de polícia serão devidamente tomadas pela promotora eleitoral Alessandra Garcia Marques, com atribuição perante a 1ª Zonal Eleitoral de Rio Branco.
Nesses casos, as Procuradorias Regional e Geral Eleitorais também serão informadas sobre os fatos para a aplicação de sanções cabíveis.
Os dirigentes de entidades religiosas têm o prazo de dois dias para manifestarem-se por escrito, junto ao MP Eleitoral, sobre o acatamento ou não da recomendação.

Normas eleitorais

A Resolução n.º 23.551/2017, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), veda a veiculação de propaganda de qualquer natureza nos bens de uso comum, incluindo os templos. A intenção é evitar que cultos sejam transformados em comitês de campanha e fiéis em cabos eleitorais.
Também é proibido aos partidos políticos e aos candidatos receberem, direta ou indiretamente, contribuição financeira, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedentes de entidades beneficentes e religiosas.
“A utilização dos recursos dos templos impede que os candidatos concorram de modo igualitário ao pleito, o que pode atingir gravemente a normalidade e a legitimidade das eleições e levar à cassação do registro ou do diploma dos candidatos eleitos”, explica Alessandra Marques.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

MAIORIA DOS BRASILEIROS CONTINUAM CONTRA A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO

Aborto
Aborto
Uma recente pesquisa do Instituto Datafolha revelou que 58% dos brasileiros continua apoiando a criminalização do aborto e não quer que a legislação seja alterada. Por outro lado, o número dos que são favoráveis à manutenção das atuais regras diminuiu de 67% para 59%, de 2015 até hoje.
A principal variação entre as pesquisas de novembro de 2015 e a de agora foi no índice dos que dão “outras respostas”, que passou de 3% para 10%. A taxa dos que não souberam responder também oscilou, de 2% para 4%.


    Das 8.433 pessoas que foram ouvidas pelo instituto, em 313 municípios do país, 33% não concorda que a mulher seja punida ao abortar. Esse tema foi muito discutido durante a ação pública no Supremo Tribunal Federal (STF).
    A ação que pede a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez, ainda não tem data para ser julgada no plenário. Segundo a ministra Rosa Weber, o tema passa por um período de amadurecimento.

    MARINA SILVA PERDE APOIO ENTRE EVANGÉLICOS

    Marina Silva
    Marina Silva (Foto: Charles Sholl/Estadão)
    A ex-ministra Marina Silva tem 12% das intenções de voto entre os fiéis. Nas últimas eleições, em 2014, ela contava com 43% de apoio desse segmento. O resultado foi obtido através da pesquisa Ibope/Estado/TV Globo.
    Marina Silva, do partido Rede Sustentabilidade, é missionária da Assembleia de Deus. Se ela não tivesse perdido o apoio dos cristãos, poderia liderar a corrida presidencial.
    O eleitorado evangélico expandiu-se desde 2014. De acordo com as pesquisas atuais, naquela época, os evangélicos eram aproximadamente um em cada cinco eleitores. Agora, são um em cada quatro.

      Polêmicas

      Quando Marina começou a campanha como candidata a vice-presidente de Eduardo Campos (PSB), e assumiu a cabeça de chapa após a morte do titular, se envolveu em várias polêmicas, entre elas o tema aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo.
      Sobre o aborto, ela já defendeu a realização de um plebiscito para discutir a legalização. Sobre o “casamento gay” por união civil, ela alterou seus discursos. Essa alteração foi interpretada como tentativa de evitar reações negativas no eleitorado religioso.
      “Acreditávamos que ela era nossa candidata. Quando chegou a questão do aborto, do casamento homoafetivo, ela não se posicionou”, disse o deputado Marco Feliciano que agora é filiado ao partido Podemos.
      Ainda segundo o parlamentar “ela traiu a questão evangélica” e por esse motivo ele se diz arrependido por ter apoiado Marina em 2014. Ao ser questionada sobre a perda de apoio, ela disse que vai “dialogar com todos os brasileiros, independentemente do credo, da cor e da condição social”. Com informações Estadão