sábado, 19 de outubro de 2013

Baterista com má formação supera dificuldades e quebra prognósticos: “Achavam impossível e hoje perguntam como consigo”

Baterista com má formação supera dificuldades e quebra prognósticos: “Achavam impossível e hoje perguntam como consigo”
Uma má formação nos braços impede o músico Lucas Faissal, 29 anos, de fazer tarefas simples, como amarrar cadarços ou fechar um zíper, mas não foi capaz de impedi-lo de realizar seu sonho: tocar bateria.
Lucas contou sua trajetória de superação numa entrevista ao portal G1, e disse que apesar das expectativas negativas de quem o cercava, conseguiu aprender e se destacar: “Muitas pessoas achavam impossível e hoje me perguntam como eu consigo. Quebrei barreiras. Além do fato de aprender, tive de mostrar para os outros que posso tocar bateria”, comentou.
O começo na música foi desanimador, porque tentou aprender violão aos 13 anos de idade, mas não conseguiu ser bem-sucedido: “Não deu certo porque não tinha como eu fazer os acordes, não conseguia. Daí na época meu pai comprou um teclado pequeno para mim, eu ficava brincando, mas não conseguia tocar muito também”, relembra.
Tempos depois, já decidido a ser baterista e com a ajuda de profissionais, Lucas conseguiu participar de um festival de música em São José do Rio Preto, interior de São Paulo: “Neste meu primeiro festival, eu tremia muito. Na época eu tinha vergonha de aparecer, fiz até tratamento psicológico para isso. Na hora eu achei que era um festival só para pais de alunos, mas quando vi que tinha mais de 200 pessoas no auditório, tremia muito”, conta o baterista, que à época, tinha 17 anos.
Agora, depois de ter provado sua capacidade, Lucas recupera-se de uma cirurgia e planeja o retorno aos palcos tocando as músicas que o inspiram: “A intenção é voltar a tocar só no ano que vem, se possível em uma banda gospel”.
Preconceito
Lucas afirma que sofreu preconceito na infância e adolescência, e que isso o levou a ter problemas psicológicos que o levaram a buscar ajuda especializada. No entanto, o baterista pondera que entre os colegas músicos, sempre foi visto como inspiração.
“Por incrível que pareça, nunca sofri com preconceito na música, as pessoas me encaram como um vencedor. O preconceito vinha de fora, me lembro que na época de escola, quando andava na rua, tinha vergonha de passar na faixa de pedestre porque todos os motoristas olhavam para mim”, disse.
A superação é algo com que Lucas teve de conviver desde muito cedo: “Nasci com essa deficiência e com outros problemas sérios de saúde. Minha mãe comenta que não davam muita esperança de vida por mim. Me sinto como um guerreiro desde o começo, sempre enfrentando lutas com ajuda da família e dos amigos”, testemunha.
Assista a um vídeo de Lucas Faissal tocando bateria:

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