No programa El Interruptor, da rede de TV Via X, do Chile, que foi ao ar nesta segunda-feira (19), o convidado era o pastor Javier Soto. Conhecido por sua postura de enfrentamento da agenda LGBT, ele seria entrevistado pelo apresentador José Miguel Villouta.
Desde o início, Soto deixou claro que estava ali para “defender o que diz a Palavra de Deus”. Para surpresa de Villouta, logo após ser apresentado, o líder religioso começou a fazer uma oração, onde pedia que Deus “curasse quem ele tinha de curar”.
Assumidamente homossexual, o apresentador se disse ofendido pelo gesto do pastor, a quem acusou de tentar “impor” suas crenças e ser mal-educado, uma vez que muitos que estavam assistindo o programa podiam não concordar com suas crenças.
Em tom de desafio, Javier Soto sacou do bolso uma bandeira com as cores do arco-íris, conhecido símbolo do movimento gay no mundo todo. O pastor a colocou como um tapete e disse que costumava usar aquele “trapo de imundícia” para limpar os pés e fazia o gesto para deixar “o programa mais divertido”.
A bandeira trazia a inscrição “candidatos presidenciais que são a favor da agenda diversidade sexual”. O pastor fez questão de dizer “Hoje estamos em uma forte campanha denunciando, como igreja evangélica, os candidatos que estão apoiando esta agenda”.
Isso deixou Villouta ainda mais irritado, fazendo um desabafo: “Eu sou gay, este é o meu programa e isso me parece ser uma falta de respeito”. O líder evangélico insistiu que não estava ofendendo o apresentador, mas insistiu que ele precisava “ser curado, fortalecido e bem aconselhado”.
Ao ouvir os protestos do dono do programa, a diretora de conteúdo do canal, entrou no estúdio e exigiu que o pastor recolhesse a bandeira ou a entrevista não seria feita.
Apesar do visível constrangimento, o pastor Javier Soto disse que não voltaria atrás em sua postura. Ele acabou sendo convidado a se retirar do estúdio e o programa foi interrompido.
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