O
doutor Sam Parnia é considerado um dos maiores especialistas mundiais
em estudos científicos sobre a morte, o estado da mente humana e as
chamadas “experiências de quase morte”.
Além de ser professor, ele
comanda grupos de pesquisas sobre a ressurreição em hospitais do Reino
Unido e na Cornell University, em Nova York. Fundou o Projeto
Consciência Humana, na Universidade de Southampton e atualmente conduz
um estudo acadêmico inovador. Em colaboração com vários centros médicos
de todo o mundo, sua finalidade é descobrir cientificamente o que
acontece quando morremos.
Os especialistas afirmam que a
ressurreição é possível e novas metodologias devem ser espalhadas por
todo o mundo. Com isso, será possível salvar mais pessoas. Parnia
escreveu um novo livro reunindo todos os conselhos e análise sobre a
experiência global desta prática.
O título curioso da obra é “O Efeito Lázaro”,
lembrando a narrativa bíblica sobre o homem ressuscitado por Jesus.
Segundo Parnia, a técnica mais eficaz é arrefecer o corpo (usando gel,
com cateteres) para reduzir a atividade metabólica das células e
usando-se uma máquina específica: um oxigenador de membranas, que ativa a
circulação e a oxigenação do sangue . Essas máquinas já estão em uso
no Japão e Coréia do Sul.
Segundo o autor, tal tecnologia
permite que as pessoas levantem do mortos até sete horas após seu
coração parar de bater. O processo ainda é complicado, demorado, e
caro, mas já se mostrou possível. As células cerebrais, as mais
delicadas, podem ser cultivadas em laboratório até quatro horas após a
morte de uma pessoa.
Esse tipo de técnica foi usada por médicos no
ano passado para “ressuscitar” o meia Fabrice Muamba (do Bolton),
que foi dado como morto durante um jogo de futebol entre sua equipe e o
Tottenham pela Taça de Inglaterra. O jogador teve um ataque cardíaco
fulminante e ficou mais de uma hora sem respirar. Em junho foi pai pela
segunda vez e não teve nenhuma sequela séria.
O doutor Parnia
acredita que, daqui a algum tempo, a recuperação total após várias horas
sem batimentos cardíacos será algo possível. Ele explica que as células
do nosso corpo tem duração diferente após a morte. Ou seja, nas
primeiras 24 horas são as do cérebro, depois as células de gordura.
Células da pele e dos ossos duram até quatro dias. Ou seja, parece que
morremos em prestações.
Segundo o livro, os números surpreendentes
de pessoas que tiveram as chamadas experiências de quase morte relatam
que é possível lembrar do que aconteceu minutos ou até horas após serem
dados como mortos. Embora eles tenham voltado à vida espontaneamente,
para os médicos esse é um fator determinante na percepção de que a vida
vai além dos sinais vitais. Com informações RT e Daily Mail.
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