Mesmo
com a decisão do PSC em manter o deputado federal Marco Feliciano como
presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, alguns líderes
partidários estão organizando uma reunião para a próxima semana na
tentativa de convencer o parlamentar evangélico a renunciar.
A
renúncia é a única maneira para poder tirar o deputado do comando da
CDHM e assim acabar com a polêmica gerada em torno de Feliciano que tem
sido alvo de inúmeras críticas desde que foi indicado ao cargo.
Na
noite desta terça-feira (26) lideranças partidárias se reuniram com o
presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDS-RN)
para buscar uma solução para este problema. No dia 2 de abril pela manhã
eles confirmaram um encontro com o deputado Marco Feliciano para tentar
convencê-lo a renunciar.
“Lamentavelmente, hoje, a decisão [do
PSC] veio em contrário àqueles entendimentos anteriormente encaminhados.
Diante dessa realidade, que nós respeitamos, a decisão consensual foi
convidarmos o deputado Marco Feliciano para na próxima terça, às 11h,
ter uma reunião com todos os líderes partidárias desta Casa, na busca de
uma solução respeitosa, democrática, que esta Casa está esperando”,
disse Alves.
Para o presidente da Câmara, se Marco Feliciano
continuar no cargo os trabalhos da comissão serão prejudicados. Vale
lembrar que as duas sessões da CDHM presididas pelo deputado evangélico
foram tumultuadas por manifestantes ligados aos partidos PT, PCdoB, PSOL
e integrantes de movimentos LGBT.
O presidente da Câmara quer que
as pautas propostas para a Comissão de Direitos Humanos sejam votadas.
“Aquele clima de radicalismo não pode continuar. A comissão tem que
tomar decisões, ter quórum qualificado, tem que ter a sua pauta, ter
votações. E, a cada semana isso não está acontecendo”.
Malafaia pede para que Feliciano não ceda
Enquanto
os parlamentares tentam convencê-lo de que o melhor a fazer é renunciar
a presidência, Feliciano está recebendo apoio do pastor Silas Malafaia
que já usou seu espaço na TV e na internet para dizer que a polêmica em
torno do deputado evangélico faz parte de um jogo político.
Para o
pastor assembleiano, a Comissão de Direitos Humanos está sendo usada
para esconder que dois deputados do PT foram escolhidos para a principal
comissão da Casa que é a Comissão de Constituição e Justiça.
Desviando
o assunto para o PSC, ninguém se posicionaria contra a participação de
José Genoino e João Paulo Cunha, dois deputados condenados pelo Supremo
Tribunal Federal por participarem ativamente do escândalo no mensalão.
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