O professor Menachem Cohen, da Universidade Bar Ilan está próximo de
completar um projeto que tem a ambição de produzir o que espera ser a versão
mais precisa do Antigo Testamento de todos os tempos.
O projeto, desenvolvido há mais de
30 anos, foi chamado de “Mikraot Gdolot-Haketer”, ou em uma tradução livre, “as
grandes escrituras”, e pretende ser a versão mais precisa e completa das Bíblias
rabínicas. Ele é realizado por Cohen e uma equipe de cerca de 12 pesquisadores
do departamento da Bíblia da universidade
israelense.
Este projeto une um modelo de Antigo Testamento, chamado de Tanakh a outros
três elementos: a Masora, tradução do aramaico e a interpretação de rabinos,
segundo a explicação de Cohen em seu escritório da universidade.
O judaísmo rabínico é o nome dado ao judaísmo tradicional, que aceita
o Tanakh como revelação divina e a Torá Oral também como fonte de autoridade. O
nome vem pelo fato de os ensinamentos rabínicos terem grande valor; tais
ensinamentos foram codificados principalmente no Talmud, livro sagrado dos
judeus que reúne comentários dos rabinos, ou sacerdotes da religião judaica.
O projeto inclui um processo de digitalização por um programa de computador
para definir o texto a partir de ângulos diferentes.
Até o momento foram publicados 21 volumes e faltam quatro livros para a
coleção ficar completa. A Bíblia será distribuída gratuitamente em escolas.
Cohen conclui sobre a missão do trabalho: “queremos garantir a versão
completa e precisa do Antigo Testamento para as gerações futuras”.
Primeira versão
A primeira versão de uma Bíblia desse tipo data do século XVI, 50 anos após a
invenção da imprensa por Gutemberg.
Foi feita por Jacob Bem Haim, é baseada em manuscritos e fontes
rabínicas.
Segundo Cohen, apesar de ser um dos textos mais reproduzidos e estudados no
mundo, as edições do Velho Testamento e as anotações e explicações que muitas
vezes o acompanham estão repletos de imprecisões.
“Pesquisei os manuscritos da Idade Média e descobri que os textos anteriores
utilizados para a publicação da primeira versão compilada de Ben Haim não eram
totalmente precisos e decidi tentar resolver esse problema”, explica o
estudioso.
O projeto “Mikraot Gdolot-Haketer” prevê sua conclusão para 2013.
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